segunda-feira, 7 de março de 2011

Carnaval: Saúde e qualidade de vida!


Então finalmente chegou o carnaval!
Estamos diante de um dos feriados mais esperados pela maioria dos brasileiros. Essa paixão nacional, que sempre nos deu destaque internacional, por muitos é considerada uma maratona.
Isso não deixa de ser uma verdade, pois o desgaste físico gerado pelos dias animados de folia pode muito bem permitir tal comparação. Sem contar que estamos na época mais quente do ano, o verão. Será que o nosso corpo está preparado?
Por isso preparamos algumas dicas que podem ajudar os foliões a manter o pique e garantir dias de festa com muita saúde.


Cuide de sua alimentação

Ter energia e disposição para tantos dias de folia exige cuidados especiais com a alimentação. No dia que antecede a festa é recomendada uma dieta rica em carboidratos como massas, arroz, pães, batata e aveia (preferencialmente os integrais). Frutas, saladas e sucos são boa fonte de água e nutrientes como sais minerais e devem compor uma refeição leve antes de cair na folia. Para o dia seguinte é importante se fortalecer com carboidrato e proteína, a última pode ser encontrada em carnes magras, feijão, ovo e laticínios. Devem-se evitar neste período alimentos pesados e frituras, que por serem de mais difícil digestão acabam causando sonolência e cansaço.
E por fim, cuidado com a higiene dos alimentos e bebidas comercializadas durante a festa, sempre observando suas condições de preparo e armazenamento. Tudo isso para evitar contaminações e infecções relacionadas.


Aumente a hidratação

Como não suar com esse pique todo? A desidratação pode acabar com a festa de muitos foliões, para que isso não aconteça é importante aumentar a hidratação diária, que apesar de não ter uma quantidade fixa recomendada, considerando o período de carnaval, deve ser suficiente 3,5 litros para homens e 2,5 litros para mulheres de água por dia. A sede é o sensor desta necessidade. Também podem ser consumidos para este fim sucos, chás gelados, água de côco.
As bebidas alcoólicas muitas vezes exageradamente consumidas neste período aumentam a perda de líquidos, portanto é importante a reposição mais intensa durante seu consumo, de maneira intercalada. Bebidas energéticas e esportivas também dobram a necessidade de hidratação.


Segurança nunca é demais

Para sua segurança, algumas atitudes podem fazer toda a diferença, tais como, evitar usar objetos que chamem muita atenção como jóias, relógios, câmera fotográfica. Leve somente a quantia necessária de dinheiro, um documento de identificação (pode ser um xerox autenticado) e um número de telefone de contato. Evite se aproximar de brigas e discussões, e em caso de assalto nunca reaja. Fique longe das drogas.
Se levar as crianças, lembre-se que essas devem ser monitoradas e cuidadas muito de perto pelos pais ou responsáveis. Se for a praia, rio ou piscina fique de olho nas crianças e não entre na água após consumo de bebidas alcoólicas. Vamos evitar acidentes. Infelizmente mortes por afogamento são realidades, neste período, na nossa região.
E ainda, é importantíssimo lembrar, bebida e direção não combinam! Se beber não dirija. E cuidado também com a alta velocidade! Dirija com responsabilidade.


Use filtro solar

Verão, calor, carnaval, isso combina muito não é? O que não combina é ficar doente por causa disso. Então se proteja, use filtro solar com reaplicações no mínimo de duas em duas horas. Evite exposição excessiva ao sol. As crianças e idosos merecem atenção especial por terem uma pele ainda mais sensível.


Comportamento sexual consciente e responsável

No oba-oba do carnaval muitas coisas podem ser esquecidas, mas especialmente uma não pode. Esse é o caso do uso do preservativo que é indispensável para evitar DSTs, especialmente a Aids. Sexo tem que ser seguro! Aos beijoqueiros de plantão, lembrem-se das doenças que o beijo pode transmitir, e em muitas pessoas diferentes isso se potencializa. Algumas doenças relacionadas são a mononucleose (conhecida como doença do beijo), citomegalovírus, herpes simples e muitas outras.


Evite as lesões musculares

Para quem não está preparado fisicamente, o carnaval pode deixar uma lembrança desagradável: as lesões musculares. Podem ser lesões por sobrecarga relacionadas ao intenso esforço físico em pessoas sem condicionamento físico prévio ou causadas de forma traumática como torções e fraturas de tornozelos, por exemplo. Recomendam-se para quem quer se preparar para cair na folia atividade física condicionante como corrida, pilates e outros. Antes de sair faça um alongamento e aquecimento dos músculos. Outra dica importante é usar calçados adequados, de preferência um tênis confortável. Salto alto não é recomendado.


Beba com moderação

O uso excessivo de bebida alcoólica é especialmente preocupante, porque além das desagradáveis consequências menores, infelizmente é muito comum ver os resultados dos exageros nos balanços de acidentes e ocorrências policiais no pós-carnaval. Para não colaborar com essa estatística consuma bebidas de forma moderada, intercalando com bebidas não alcoólicas para reposição de líquido e evite a mistura de vários tipos de bebidas. Evite nadar após algumas cervejas ou drinques, isso não combina. E nunca dirija alcoolizado.


A moda do carnaval pede roupas leves

Neste calor o uso de roupas de tecido sintético ou pesadas podem aumentar a transpiração e prejudicar o desempenho do folião. Roupas leves e claras são bem vindas.


Sono recuperador

Para recarregar a bateria nada melhor que umas boas horas de sono. Evite emendar noite e dia, lembre-se que nosso corpo vem de uma outra rotina.


Consciência cidadã no carnaval - Lixo e dengue

Folião consciente de verdade se preocupa com o meio ambiente e com doenças relacionadas. Então não custa nada jogar o lixo em local apropriado evitando o descarte de garrafas e outros recipientes que podem acumular água e posteriormente vir a contribuir para o aumento dos casos de dengue. O planeta agradece e a dengue mata! Em resumo, as palavras de ordem para este carnaval são “evite exageros” e caia na folia de maneira saudável e consciente. Um ótimo carnaval!

Montes Claros teme novos tremores de terra


Depois do susto e medo na noite de sábado com o abalo sísmico de 3,2 graus na Escala Richter, que obrigou parte da população a sair para as ruas, moradores de Montes Claros, no Norte de Minas, temem novos tremores de terra, o que não é descartado pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), devido ao “histórico de sismicidade” da região. Esse foi o sexto e o maior abalo na cidade nos últimos 15 meses.


O observatório da UnB confirmou que o tremor de terra sentido em Montes Claros ocorreu às 20h29 de sábado. Não houve registro de vítimas ou danos materiais em casas e prédios, mas os moradores se assustaram ao ouvir um estrondo, antes de a terra tremer. Muita gente saiu de casa com medo de desabamentos. O fenômeno foi o principal assunto no domingo em toda a cidade.

O chefe do Observatório Sismológico da UnB, Lucas Vieira Barros, lembra que já foram registrados outros tremores na cidade, o que indica a existência na região de uma fenda geológica, ou seja, uma “fonte sismogênica” causadora dos abalos. Barros salienta que será necessária a instalação de uma estação sismográfica em Montes Claros, para estudar detalhadamente a extensão da fenda geológica e a possibilidade de outros abalos.

Nos últimos 15 meses, foram registrados cinco tremores na cidade, dois deles em 16 de setembro (de 2,7 e 2,3 de magnitude). Os outros três ocorreram em 15 de dezembro de 2009 (2,3 graus), 17 de dezembro de 2009 (2,1 graus) e 8 de janeiro de 2010 (1,8 grau). “Há necessidade da instalação da estação da sismográfica na região de Montes Claros, com o objetivo de registrar os microtremores que são percebidos pela população.

Prevenção

O mapeamento dos abalos vai determinar as dimensões físicas da falha geológica. “A partir do momento em que for conhecida a extensão da falha, será possível levantar a magnitude máxima de outros tremores que poderão ocorrer na cidade e recomendar as medidas preventivas, como construções mais resistentes”, relata Barros, que também admitiu a possibilidade de a intensidade dos sismos aumentar ao longo do tempo, “embora pouco provável”.

O especialista ressalta que não é possível para a ciência prever os terremotos, nem quando eles deverão ocorrer. “Infelizmente, mesmo que fossem previsíveis, os tremores seriam inevitáveis. O que temos de fazer é levantar as características das fontes sismogênicas. E, no caso de Montes Claros, existe uma fonte sismogênica”, ressalta o chefe do Observatório Sismológico da UnB.

Ele lembra que não é possível prever data ou hora de um tremor porque se trata de um fenômeno natural relacionado com acomodações no subsolo e com a própria energia da Terra. “Os sismos ocorrem quando a Terra libera energia acumulada ao longo de muitos anos. Muitas vezes, depois de um sismo inicia-se um novo ciclo de acúmulo de energia”, explica o professor Lucas Vieira Barros.

Fim dos tempos

Ainda conforme o chefe do Observatório da UnB, o tremor de 3,2 graus não teve piores consequências porque um sismo dessa magnitude não seria capaz de produzir danos. Porém, o fenômeno provocou muito susto entre os moradores nas diversas partes da cidade. Foi o caso da dona de casa Antônia Fernandes Farias, moradora do Bairro Carmelo. “Estava assistindo à televisão e, de repente, vi o sofá balançar. Todo mundo saiu para a rua. Foi rápido, mas fiquei muita assustada”, conta Antônia.

O fenômeno também assustou as vizinhas Maria Zileide Ferreira e Donatélia Ferreira Gomes, que moram no Bairro Monte Carmelo. “Estava na porta da rua quando vi as janelas serem sacudidas”, conta Maria Zileide. Já Donatélia relata que estava no segundo pavimento da casa quando sentiu a terra tremer. Domingo à tarde, as duas amigas conversavam sobre o assunto, sentadas no passeio.

Mas, a preocupação delas era em relação às causas do abalo. “Ouvi dizer hoje na padaria que o tremor de terra é o sinal do fim dos tempos, escrito na Biblia. Acho que pode ter mesmo, pois estamos vivendo um mundo de muita violência e de falta de respeito às famílias”, disse Maria Zileide. Já o técnico em meio ambiente José Ponciano Neto acredita que o que vem provocando os abalos no Norte de Minas é “a depressurização do subsolo” devido à abertura descontrolada de poços tubulares na região.